Você certamente ouviu falar sobre o caso Americanas, correto? Uma má utilização do seu programa de risco sacado, também chamado de forfait, levou a grande varejista a não apropriar adequadamente R$ 20 bilhões de dívidas em seu balanço. 

O caso tomou grandes proporções desde que foi divulgado, no dia 11 de janeiro e acendeu alertas para empresas de diversos segmentos e portes.

Neste conteúdo, a Accesstage vai te explicar como esse problema foi capaz de afetar uma organização do porte da Americanas, além de mostrar os perigos que a má gestão do fluxo de caixa pode acarretar para qualquer empresa.

Aposte no sucesso financeiro do seuO que é risco sacado? 

Antes de entender a fundo o caso Americanas, precisamos te explicar o que é, de fato, a operação que originou a fraude e o rombo nas contas da marca.

O risco sacado trata-se de uma operação de financiamento da cadeia de fornecedores comum no mercado, especialmente no varejo. 

A modalidade de antecipação de recebíveis funciona da seguinte forma: o fornecedor vende a prazo para o sacado, devido à necessidade de capital de giro de varejistas como as Americanas. 

Porém, muitas vezes, o próprio fornecedor não possui capital de giro para proceder com o financiamento ao varejista, precisando antecipar o recebimento, a partir do desconto da nota com alguma instituição financeira (Bancos, fundos, factorings ou securitizadoras, por exemplo).

Empresas com porte e riscos controlados convidam instituições para “ancorarem” o risco nelas e concederem a linha de antecipação/desconto destas notas. O Banco negocia as taxas e faz a antecipação do pagamento com deságio ao fornecedor. A partir daí, a empresa âncora passa a ter uma dívida com o banco, ao invés do fornecedor.

Leia também: Gestão financeira de fornecedores: tudo que você precisa saber

Existem situações em que os Bancos concedem prazo adicional de pagamento para o sacado, alongando assim os compromissos e dando mais fôlego ao caixa da companhia. 

Algumas empresas conseguem negociar prazos de até 180 dias. Porém, os devidos juros são aplicados sobre o valor da dívida e, quanto mais tempo for necessário, maior será a taxa cobrada pelas instituições financeiras.

Vantagens do risco sacado

Usado de forma consciente e controlada, a prática pode trazer benefícios para a empresa, que terá um tempo hábil para lidar com a dívida, e para o fornecedor, que receberá o valor integralmente logo após a negociação.

Principais benefícios:

  • Isenção de IOF: Esta operação não possui incidência de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), uma vez que se trata de uma cessão de crédito.
  • Taxa Competitiva: O risco sacado oferece uma taxa mais competitiva, já que o sacado apresenta menor risco do que o fornecedor. Isso viabiliza um crédito mais acessível.
  • Preservação do Limite de Crédito: Esta prática não consome o limite de crédito do fornecedor, proporcionando maior flexibilidade na busca por novos limites.

São pontos extremamente vantajosos para todos, porém, você já pode perceber que a prática demanda um alto nível de gerenciamento para que não incorra em problemas como os que a Americanas vivenciou.

O que ocorreu no Caso Americanas?

No dia 11 de janeiro de 2023, a Americanas anunciou inconsistências contábeis no fluxo de caixa, com perda de aproximadamente R$ 20 bilhões. 

Inicialmente, uma causa possível para esse caso é que a varejista considerou que as dívidas deveriam ser pagas ao fornecedor, sem considerar os juros cobrados pelos bancos. Aparentemente, não houve o lançamento da despesa financeira do alongamento do compromisso em sua DRE.

Em declaração oficial, foi mencionado que todos os valores referentes ao pagamento de risco sacado não constavam no balanço da empresa. Ou seja, a Americanas, gigante do mercado de varejo, sofreu com o controle do seu fluxo de caixa.

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Esse episódio resultou na renúncia do presidente da Americanas, Sérgio Rial, que tinha assumido o cargo há apenas 10 dias. Os impactos no caixa da varejista foram gigantes, além de prejudicar investidores e associados, como o Banco Bradesco, um dos principais credores da varejista.

O fato é: tudo isso poderia ser evitado com a utilização de uma boa ferramenta de gestão financeira. 

Será mesmo? Vamos entender melhor.

 Como o controle financeiro salvaria a Americanas?

Controle financeiro poderia ter evitado o caso AmericanasPlataformas de automação financeira que oferecem uma visão 360° do fluxo de caixa da empresa, como a Veragi da Accesstage, não deixariam um grande (ou até pequeno) montante passar despercebido de sua gestão. 

Isso porque todas as transações são computadas em tempo real, incluindo as negociações com fornecedores. Além disso, contar com uma plataforma de automação financeira poderia ter ajudado a varejista de diversas maneiras:

  • Com informações em tempo real sobre as transações financeiras da empresa, seria possível identificar irregularidades ou inconsistências de forma imediata;
  • Podem identificar padrões de comportamento nas transações, possibilitando a detecção de atividades suspeitas ou não usuais;
  • São capazes de detectar discrepâncias nos registros contábeis, o que poderia ter alertado a Americanas sobre possíveis problemas contábeis antes que se tornassem um escândalo público;
  • Auxiliam na gestão eficaz de pagamentos e recebimentos, garantindo que as transações estejam alinhadas com os registros contábeis, evitando assim discrepâncias;
  • Facilitam processos de auditoria, fornecendo um registro detalhado das transações, o que é essencial para garantir a transparência e integridade das informações financeiras da empresa.

Leia também: 3 dicas para evitar erros na gestão de caixa da sua empresa

Em outras palavras, para uma empresa do porte da Americanas, que negocia diariamente com um número muito elevado de fornecedores, pequenas inconsistências contábeis podem tomar uma proporção enorme. 

Por isso, é necessário uma gestão extremamente eficiente do fluxo de caixa - o que plataformas de automação financeira podem oferecer. Além disso, o risco sacado como um costume não é a opção mais indicada.

Plataformas de automação financeira: potencializando a gestão financeira corporativa

Mesmo com o caso Americanas ainda sob investigação, é importante lembrar que a operação de risco sacado pode, sim, ser uma grande aliada para o seu negócio. 

No entanto, é essencial seguir as boas práticas para estar em conformidade com as normas do mercado.

Pensando nisso, convidamos o professor Fred Regis, com mais de 30 anos de experiência em contabilidade, e o nosso Diretor de Operações Financeiras, Thiago Pinotti, para compartilhar informações e conhecimentos contínuos. 

Assim, sua empresa poderá aproveitar todos os benefícios dessa operação de forma sustentável e proveitosa.

Maximizando a eficiência e transparência nas finanças empresariais com a Accesstage!

Com a função antecipação de recebíveis do módulo de crédito da Veragi, você tem controle total sobre as negociações referentes ao risco sacado. 

Isso quer dizer que você tem registros de que a dívida deixou de ser com o fornecedor e passou para a instituição bancária. 

Desse modo, é possível realizar automaticamente o cálculo dos juros aplicáveis durante todo o tempo de permanência da dívida.

Se você deseja explorar as vantagens da operação de risco sacado de forma segura e saudável para o seu negócio, A Accesstage é sua melhor parceira nisso! 

Nossa equipe está à disposição para esclarecer suas dúvidas sobre a Veragi, nossa plataforma de automação financeira e oferecer suporte especializado.

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