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A questão da logística no Brasil é um dos grandes desafios. Sem infraestrutura eficiente para movimentação de mercadorias não existe a possibilidade de crescimento econômico sustentável. A logística portuária, por exemplo, tem sido uma grande barreira para realizar negócios em função da enorme burocracia que representa. Dados do Banco Mundial indicam que um container leva 13 dias para ser exportado no País. Para ter uma ideia, este mesmo ranking coloca Cingapura em primeiro lugar, onde o processo leva apenas um dia.

A realidade é que diversas informações sobre as cargas precisam ser discriminadas, compartilhadas e entregues aos diferentes órgãos e instituições envolvidos no processo – tais como Marinha, Polícia Federal, Anvisa, Receita Federal e agências portuárias. Antes de todas as partes estarem cientes dos dados, nada é liberado. A burocracia alfandegária se torna um entrave pois reflete diretamente no prazo de entrega das mercadorias.

E sabemos, quanto mais tempo uma carga fica parada no porto, mais custos e perda de competitividade para todos os envolvidos. A demanda por agilidade nestes procedimentos é evidente. O Governo Federal lançou um conjunto de medidas para tentar eliminar os gargalos de infraestrutura que devem resultar em investimentos de R$ 54 bilhões no setor portuário até 2017. No entanto, as empresas não podem ficar paradas. Paralelo a isso, elas precisam tomar algumas iniciativas para colaborar com a melhora do processo.

Para começar a solucionar os desafios, o desembaraço aduaneiro deve iniciar assim que o navio partir. Vale antecipar todos os procedimentos para a liberação da carga, assim, antes mesmo de o navio atracar, todos os arquivos com o reconhecimento da mercadoria já estarão com as instituições responsáveis. O EDI (Eletronic Data Interchange) é uma ótima alternativa.

Trocar documentos eletronicamente agiliza de forma considerável todo o processo de liberação de carga no porto. E, mais do que isso, ainda assegura que todos os órgãos envolvidos receberão a mesma informação. Isso porque processos manuais estão suscetíveis a falhas humanas. Automatizar todos os procedimentos possíveis elimina os gargalos e ainda evita essa discrepância de dados – muitas vezes, uma pequena divergência de informação pode atrasar o processo de liberação em dias. E isso não é interessante para nenhuma companhia.

Antecipar as informações necessárias para a liberação de mercadoria nos portos agiliza o momento da atracação. As empresas de logística marinha, por exemplo, já entenderam que terceirizar esses procedimentos pode ser a melhor saída. É uma forma de conseguir focar no core business e reduzir os gastos sem perder qualidade.  Já pensou nisso?

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