*Por Pedro Arruda, diretor de Tecnologia da Accesstage

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A Internet de Toda as Coisas já começa a fazer parte do dia a dia das pessoas, seja na vida pessoal ou no trabalho – talvez o elevador que você usa diariamente já esteja conectado, por exemplo. 99,4% dos objetos físicos que poderão fazer parte da IoE em 2020 ainda estão atualmente desconectados de acordo com dados da Cisco. A informação só reforça o potencial de crescimento – e rápido crescimento – deste mercado.

A preocupação com a questão da segurança digital cresce nessa mesma proporção acelerada, especialmente dentro das empresas, afinal, muitos dos vazamentos de informações acontecem dentro das companhias. Existem informações sigilosas e é preciso pensar em diferentes e eficazes formas de protege-las. Principalmente porque, cada vez mais, os profissionais utilizam seus dispositivos pessoais com fins profissionais, os smartphones são o melhor exemplo. É mais prático manter tudo em um único canal, certo? Mas isso é um perigo para as companhias. Afinal, como garantir que nada será compartilhado intencional ou acidentalmente?

Uma pesquisa da HP Enterprise estima em US$ 400 bilhões o prejuízo anual das companhias com ciberataques pelo mundo. Outro dado que também chama a atenção sobre os perigos destas invasões é do relatório do Instituto Ponemon para a HP: em 2015 ocorreram mais de 1.900 ataques a 252 empresas. Todas elas de sete países, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Austrália, Japão, Rússia e Brasil. Só no nosso país, as perdas somaram cerca de US$ 3,3 milhões.

Nenhuma organização quer ter prejuízos, claro, principalmente em tempos de economia instável. Por isso, muitas investem em diferentes tecnologias para melhorar a segurança digital. Fugindo do tradicional, algumas já apostam em ter mais de um fator de autenticação digital, entre eles, a biometria, recurso utilizado até mesmo para transações bancárias.

A biometria permite validar transações a partir do reconhecimento da pessoa através de impressões digitais, forma mais comum. Existem ainda outras possibilidades como análise da temperatura corporal ou leitura da íris e até mesmo a velocidade de digitação de um texto. Mas, nestes três casos, as aplicações, por hora, ainda são embrionárias no País.

Vale pensar, no entanto, que é preciso armazenar todas as informações da pessoa para conseguir realizar a identificação biométrica. Isso torna o processo, de certa forma, inviável ou desafiador até mesmo para uma companhia de big data. Além da capacidade de armazenamento, vale pensar que, toda vez que o reconhecimento se fizer necessário, é preciso resgatar essa informação em tempo real.

O desafio, então, é conseguir transformar essa “fotografia” da pessoa com todos os dados biométricos em um número único que, por sua vez, será utilizado no momento da transação bancária. Aos poucos, essa tecnologia já é implementada no dia a dia de alguns setores. Muitos bancos, por exemplo, já pedem as impressões digitais para a realização de operações como saques no caixa eletrônico.

Cada vez mais as tecnologias devem convergir para algo próximo do ser humano e com várias formas de autenticação combinadas. Isso exclui, em muitos casos, as senhas tradicionais sem abrir mão da segurança, em um mundo onde essa questão é determinante para a sobrevivência das empresas e das pessoas.

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